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Janeiro de 2025

Qualidade e gestão destacam obra sob liderança de engenheiro

Foto: Vinícius Sgarbe.
Vinícius Luan Schneider
Engenheiro civil

O engenheiro civil Vinícius Luan Schneider, gerente da obra da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Paredinha, destaca a qualidade e a inovação como diferenciais da Pedra Branca Escavações na construção de túneis. Ele enfatiza que a busca por um alto padrão de execução é uma constante no dia a dia da obra.

A PCH Paredinha é instalada em Turvo (PR). O acesso se dá a partir da cidade de Guarapuava (PR), pela rodovia PR-460, em um percurso de cerca de 45 km. Em seguida, percorre-se aproximadamente 40 km pela estrada municipal pavimentada até as instalações do empreendimento. A obra foi recentemente visitada pelos participantes do encontro de desenvolvimento de pessoas Siri 4 Guarapuava.

Em entrevista ao PBEsc News, Schneider compartilha detalhes sobre seu trabalho e os desafios da gestão de uma obra de grande porte. Ele ressalta a importância de um sistema de gestão eficiente, que otimiza processos e recursos.

Para o engenheiro, a comunicação aberta e a valorização da equipe são fatores essenciais para o sucesso do projeto. Ele revela que o diálogo franco com os colaboradores, muitos com experiência em grandes mineradoras, gera um ambiente de cooperação e união. A entrevista completa revela a visão de um líder jovem que busca o reconhecimento nacional da empresa.

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PBEsc News: Qual é a tua profissão e o que você faz no teu trabalho?

Vinícius Luan Schneider: Sou engenheiro civil e gerencio a obra de PCH Paredinha.

PN: Você atua como gerente da obra?

Schneider: Exatamente, atuo como gestor do projeto.

PN: Quais são as tuas atividades?

Schneider: Coordeno e acompanho a produção. Faço medições para contabilizar o que produzimos em determinado período, visando posterior apresentação ao cliente. Também aprovo compras de insumos e serviços para a obra. Em resumo, coordeno as demandas da obra.

PN: Imagino que você precise falar com muita gente todo dia.

Schneider: Com certeza.

PN: A tua profissão exigiu desenvolver habilidades de comunicação ou você sempre teve facilidade para lidar com as pessoas?

Schneider: A profissão exigiu tudo. Sempre fui comunicativo e tive muitos amigos, mas liderar foi novidade. Na faculdade, eu esperava lidar apenas com números e projetos. Tive de me aperfeiçoar bastante e continuo a evoluir.

PN: Faz quanto tempo que você trabalha nessa obra? E há quanto tempo você é engenheiro civil?

Schneider: Sou engenheiro há quase quatro anos. Na Pedra Branca, como engenheiro civil oficial, tenho cinco ou seis meses. A obra começou em agosto, então estamos há cinco meses nesse projeto.

PN: Você já exerceu cargo de liderança antes?

Schneider: Esta é a terceira obra que lidero. Antes, trabalhei em duas obras em Pitanga (PR). Meu cargo de engenheiro civil começou formalmente nesta obra. Assim que me formei, trabalhei com asfalto, mas a liderança era menor.

PN: Você tem mais tempo de empresa, então?

Schneider: Sim, já faz dois anos e nove meses que estou na Pedra Branca, desde abril de 2022.

PN: Você trabalhou com túneis antes?

Schneider: Não, só na Pedra Branca.

PN: Esta obra é a maior em que você se envolveu com a Pedra Branca?

Schneider: Sim, ela tem 1.072 m. As anteriores tinham 745 m e 258 m.

PN: Aumentar a extensão altera muito a escala de equipamentos e pessoal ou não muda tanto?

Schneider: Não muda tanto. É o mesmo método construtivo e a mesma quantidade de equipamentos, só varia o comprimento. Aqui recebemos o concreto pronto, e quanto nas outras nós mesmos o produzíamos. Então lá havia mais equipamentos.

PN: O que você destacaria como maior diferencial de engenharia nessa obra?

Schneider: A qualidade. Fazemos algo de alto padrão. Nosso setor de produção conta com gente experiente, inclusive com vivência internacional. Muitos veem as fotos no LinkedIn e copiam, pois percebem o alto nível de execução.

PN: Então a obra segue bem?

Schneider: Sim, apesar de contratempos naturais, o padrão de qualidade permanece alto.

PN: Na tua visão, o que possibilita atingir essa qualidade?

Schneider: Persistência e comunicação aberta. Reconhecemos nossos limites, mas mantemos união e cooperação. Converso de forma direta com todos, e muitos vieram de grandes mineradoras. Um funcionário disse que nunca teve tanto acesso ao gestor e, mesmo recebendo oferta melhor perto de casa, prefere ficar porque se sente valorizado e bem ambientado.

PN: Você tem 28 anos. Nota algo geracional nesse formato de liderança mais aberto?

Schneider: Acredito que sim. Antes havia uma hierarquia distante. Hoje, acredito que parte de quem se forma investe muito em estudo, e não se coloca em um patamar distante dos demais.

PN: O que você espera da Pedra Branca em 2025?

Schneider: Desejo que a empresa seja reconhecida e conhecida nacionalmente. Podemos participar de encontros técnicos relevantes e mostrar nossos túneis. Muitos só pensam em grandes empreiteiras, mas a Pedra Branca tem a mesma qualidade ou qualidade superior, apenas não tem o mesmo tamanho. Seria gratificante obter esse reconhecimento.

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Pessoas desta matéria
Vinícius Luan Schneider
Engenheiro civil

Natural de Maravilha (SC), é engenheiro civil formado pela Unochapecó, em Chapecó (SC).

Fonte:
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Janeiro de 2025